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Por redação- 29/05/25
O cantor Oruam se manifestou publicamente após a prisão de Marlon Brandon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, na quinta-feira (29). Pelas redes sociais, ele criticou a abordagem policial e o tratamento dado ao funkeiro, detido na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
MC Poze é preso: Polícia aponta shows financiados por facção
O artista publicou um vídeo com as imagens da prisão de Poze e escreveu: *“Te amo, pai. Maior covardia. Olha o que eles fazem com ele. Vai tomar no c. O Estado gosta de envergonhar nós”**.
Ele também destacou que não vê ligação do cantor com atividades criminosas:
“Algemaram o Poze, nem precisa disso. O cara é exemplo para várias pessoas. Todo mundo sabe se isso aí [o motivo da prisão] é uma mentira. Ele é cantor, canta em baile de favela. Ele não é envolvido com facção nenhuma, com todo respeito. Maior covardia mesmo. Eles gostam de envergonhar nós. Maior tristeza, mas fazer o que?”
Nos stories, Oruam compartilhou ainda uma conversa com a mãe, Márcia Gama. Ela demonstrou preocupação com o filho após o ocorrido: “Meu filho, estou muito triste. Por favor, esses caras estão querendo fazer isso com você. Não dá brecha. Evita”, escreveu ela.
A prisão de Poze ocorreu durante a madrugada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Policiais cumpriram mandado de prisão temporária em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes.
Segundo comunicado da Polícia Civil, o cantor foi detido “por apologia ao crime e por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV)”.
A nota explica que as investigações apontam que Poze se apresenta “exclusivamente em áreas dominadas pelo CV”, com a presença de “traficantes armados com armas de grosso calibre”, o que garantiria a segurança do evento.
Além disso, as letras das músicas, de acordo com a polícia, fariam “clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incitam confrontos armados entre facções rivais”.
A Polícia Civil afirma que “esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.
Um dos eventos mencionados no inquérito foi realizado no dia 19 de maio, na comunidade da Cidade de Deus, e contou com a presença de diversos traficantes armados, segundo a investigação.