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O pastor Flávio Amaral, conhecido nas redes sociais por liderar o projeto Livres por Deus (LPD), tornou-se alvo de sérias denúncias feitas por ex-integrantes da instituição que afirmam terem sido vítimas de abusos emocionais, coerção e exploração de imagem com fins financeiros. Os relatos vieram à tona em entrevista exclusiva ao canal por meio dos depoimentos do jovem Denis e do pastor Hélder Oliveira — ambos ex-membros do projeto.
Denis, um dos denunciantes, conviveu com Flávio Amaral durante o processo de destransição de gênero. Em vídeos publicados em seu Instagram, ele afirma que o pastor tem comportamento “desequilibrado” e que presenciou episódios de agressão física contra a própria esposa, missionária Andreia. “Eu vi ele dar dois tapas na cara dela. A mãe dele teve que intervir”, disse.
Segundo Denis, o líder do LPD usava a autoridade religiosa para humilhar e oprimir. “Ele oprimiu a Andreia dizendo que ela só servia para fazer live. Chamou ela de vagabunda. Ele oprime até os próprios seguidores”, denunciou. O jovem também declarou que o pastor usava as confissões pessoais dos acolhidos como moeda de chantagem e exposição. “Ele me filmou chorando, dizendo que usei drogas, e postou nas redes sociais sem minha autorização.”
A denúncia mais grave envolve a morte de Taylor, ex-integrante do LPD, que, segundo os relatos, tirou a própria vida após uma série de conflitos emocionais relacionados ao ambiente dentro do projeto. “O Flávio mandou ele embora e ficou com o rapaz por quem ele era apaixonado. Depois, o Taylor implorou para voltar. Ninguém atendeu. Dias depois, cometeu suicídio”, relatou Hélder.
Outro ponto sensível nas denúncias é a suposta instrumentalização da imagem dos jovens para campanhas de arrecadação. De acordo com Hélder, o pastor Flávio arrecadou valores altos por meio de vaquinhas virtuais e doações diretas de seguidores. “Ele me mostrou um PIX de R$ 20 mil dizendo: ‘Deus está me abençoando’. Era para minha cirurgia, mas depois ele quis ficar com o dinheiro”, disse.
Hélder também revelou que a origem das brigas com Flávio envolvia disputa por espaço e reconhecimento público. “Quando eu fui convidado para um podcast, ele foi antes só para aparecer primeiro. Depois me removeu do grupo e me atacou verbalmente com dezenas de áudios agressivos.”
Assista:
Projeto paralelo em Brasília
Hoje, Hélder lidera o projeto Imagem e Semelhança, uma ONG que acolhe pessoas em processo de destransição com foco em assistência emocional, psicológica e espiritual. Ele é autor do projeto de lei nº 2660/2024, que busca garantir pelo SUS o direito à cirurgia de reversão em casos de arrependimento da transição de gênero.
“O que a gente quer é que ninguém mais dependa do Flávio, de mim, de ninguém. Que possam ir no posto de saúde e iniciar seu processo com dignidade”, explicou.
O espaço segue aberto para que o pastor Flávio Amaral apresente sua versão dos fatos e exerça seu direito de resposta. Até o fechamento desta reportagem, o líder do LPD ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias.