Portas fechadas no Vaticano: conclave secreto para eleger o novo Papa
- 07/05/2025
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eleição papal desperta atenção mundial, e no Brasil, maior país católico do mundo, a expectativa é ainda maior Na manhã desta quarta-feira (7), teve início no Vaticano a tradicional missa Pro Eligendo Pontifice, cerimônia que marca a abertura oficial do conclave que escolherá o novo líder da Igreja Católica. A celebração, realizada às 10h no horário local (5h de Brasília), foi conduzida pelo cardeal decano Giovanni Battista Re, que em sua homilia fez um apelo direto à intervenção divina.
Diante dos cardeais eleitores reunidos na Basílica de São Pedro, Re pediu que o Espírito Santo guie a escolha daquele que assumirá o trono de Pedro em um dos períodos mais desafiadores da história recente da humanidade.
“Viemos clamar pela luz e pela força do Espírito, para que seja eleito o papa que melhor corresponda às necessidades da Igreja e do mundo neste tempo de complexidades e provações”, afirmou o decano.
Um dos pontos centrais do discurso foi a defesa da unidade e da comunhão entre os membros da Igreja, missão considerada essencial para o futuro pontífice. Re ressaltou que a união entre cristãos não deve ser confundida com uniformidade de pensamento, mas sim com uma profunda comunhão espiritual na diversidade, desde que esta esteja enraizada na fidelidade ao Evangelho.“A unidade querida por Cristo exige uma comunhão sólida, que respeite as diferenças, mas que mantenha viva a essência do Evangelho. O papa tem o papel de alimentar essa comunhão: entre os fiéis e Cristo, entre os bispos e o sucessor de Pedro, e entre os próprios bispos. Não se trata de uma comunhão fechada em si mesma, mas voltada ao diálogo entre culturas e povos”, explicou.
A cerimônia, que antecede a primeira rodada de votações do conclave, marca um momento de introspecção e oração, onde os cardeais buscam discernimento espiritual antes de tomar uma das decisões mais importantes da Igreja Católica.
Vale lembrar que, durante a missa fúnebre do papa Francisco — também presidida por Giovanni Battista Re — o cardeal já havia destacado a urgência de paz no cenário geopolítico atual, fazendo menção aos conflitos e crises globais, o que reforça o caráter simbólico e estratégico da eleição de um novo pontífice neste momento.
A eleição papal desperta atenção mundial, e no Brasil, maior país católico do mundo (182 milhões de fiéis, cerca de 13% do total global, segundo o Anuário Pontifício 2025), a expectativa é ainda maior. A presença de sete cardeais brasileiros no conclave reforça o interesse e a importância deste momento para o país.