Por que Patrícia Abravanel e Celso Portiolli merecem aplausos pelo Troféu Imprensa?
- 03/05/2025
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Participar do Troféu Imprensa neste ano teve um significado profundo para mim. Fui convidada pelo SBT para integrar a bancada de jurados da 55ª edição da premiação — um convite que me emocionou imensamente, especialmente por marcar um novo capítulo na história do prêmio.
É a segunda vez que tenho a honra de participar dessa celebração da televisão brasileira. Mas, em 2025, a ocasião carrega um peso simbólico: é a primeira edição após a partida de Silvio Santos, o mestre maior da nossa TV. Coube à sua filha, Patrícia Abravanel, assumir o comando do programa — uma missão repleta de significado e emoção.
Estar naquela bancada, ao lado de colegas queridos, diante de Patrícia e Celso Portiolli — ambos visivelmente tocados — foi um momento que ficará comigo por muito tempo. Foi impossível não se comover com a atmosfera do estúdio. Patrícia nos recebeu no camarim antes da gravação, compartilhou suas emoções, e com os olhos marejados falou da responsabilidade que estava prestes a assumir. Disse que jamais imaginou estar à frente do Troféu Imprensa, e que aquele era um dos dias mais difíceis de sua trajetória. Pediu nosso apoio, com humildade e coragem, para manter viva a essência do troféu que seu pai tanto amava.
Desde a partida de Silvio, a família Abravanel, liderada por Íris e pelas seis filhas — Cíntia, Silvia, Renata, Rebeca, Patrícia e Daniela — tem mostrado um compromisso admirável com a preservação de seu legado. Mas é inegável que o desafio de Patrícia tem uma carga emocional especial. E ela tem se mostrado à altura dele: com sensibilidade, respeito pela memória do pai e uma dedicação genuína.
Esta edição do Troféu Imprensa representa mais do que uma premiação: é um símbolo de continuidade. É a prova de que o amor à televisão, tão presente em Silvio, segue vivo nas mãos de quem conviveu de perto com sua genialidade. A ausência de Silvio sempre será sentida. Mas ver Patrícia e Celso conduzindo a cerimônia com tanto cuidado e profissionalismo renova nossa confiança no futuro do SBT.
Outro aspecto que sempre admirei nesta premiação é sua essência democrática. Desde a sua criação, o Troféu Imprensa ultrapassa os limites da concorrência entre emissoras para reconhecer o talento, a excelência e o valor da televisão brasileira como um todo. Uma postura generosa, à altura de quem sempre valorizou o público e seus artistas acima de disputas.
Por isso — e por tantas outras iniciativas inspiradoras — minha admiração pelas família Abravanel e pelo SBT só cresce. Aplausos a todos que mantêm viva essa história.

Emoção no agradecimento emocionado de Patrícia
Em uma postagem em suas redes sociais, Patrícia Abravanel falou sobre o desafio: “Que honra e responsabilidade darmos continuidade ao legado de Silvio Santos, que por décadas fez desse prêmio um verdadeiro marco na história da TV brasileira. Foi uma noite inesquecível, de emoção, celebração e reconhecimento aos grandes nomes da televisão.
Que alegria dividir esse palco com o talentoso e querido Celso Portiolli, parceiro nessa missão linda! Minha gratidão a todos os jurados que abrilhantaram essa edição com seu olhar crítico, credibilidade e relevância. Um agradecimento especial à minha irmã Rebeca Abravanel, que é parte essencial da nossa caminhada e do nosso propósito como família.
Parabéns à direção, produção, todos os profissionais que trabalharam para essa edição do Troféu Imprensa, e que se dedicaram com excelência em cada detalhe”.

A 55ª edição do Troféu Imprensa marca um novo capítulo na história da premiação mais tradicional da televisão brasileira. A cerimônia vai ao ar neste domingo, 4 de maio, às 19h com transmissão simultânea pelo SBT e, pela primeira vez, também pela plataforma Disney+. A novidade representa a entrada oficial do evento no universo do streaming, em uma parceria inédita entre o canal de Silvio Santos e o serviço da Disney.

Um troféu com 67 anos de tradição
Criado em 1958 pelo jornalista Plácido Manaia Nunes (1934 – 2007), o Troféu Imprensa nasceu como uma reunião de jornalistas no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Na época, os vencedores eram escolhidos por voto e os resultados saíam apenas nos jornais. A famosa estatueta nem sequer existia. Em 1970, Plácido cedeu os direitos do prêmio a Silvio Santos (1930 – 2024) , que o reformulou, levando-o para a televisão e transformando-o no grande marco anual da TV brasileira.